Apesar de estarmos no século XXI, cada dia que passa não para de crescer o número de adolescentes grávidas. Só para ter uma ideia, segundo o Ministério da Saúde, todos os anos cerca de um milhão de adolescentes ficam grávidas no Brasil. Destas, calcula-se que cerca 500 mil (metade), seja de pais que são menores de 19 anos. Além disso, segundo o ministério da Saúde e a agência dos Estados Unidos, no mundo cerca de 14 milhões de adolescentes dão a luz a uma criança.
Muitos culpam a falta de informação como o maior motivo da gravidez mas, pessoalmente, não penso assim. Principalmente nas grandes metrópoles, assuntos como a gravidez precoce são muito comuns nas escolas, TV, Internet. A verdade é que vivemos num mundo cheio de informações. Sabemos dos perigos e as consequências das drogas, bebidas, riscos das gangues. Apesar disso, muitos ainda assim se envolvem e caem nessa. A gravidez precoce não é diferente: a grande maioria sabe tudo sobre a gravidez na adolescência mas, mesmo assim, o número de adolescentes gravidez não para de crescer.
Diante de números tão elevados, resolvi escrever uma série de estudos sobre esse assunto e ser mais uma porta voz desse assunto.
Neste estudo, gostaria de destacar algumas possíveis consequências da gravidez na adolescência:
• Hipertensão gestacional, anemia, prematuridade e baixo peso ao nascer do bebê;
• escolaridade baixa – segundo censo de 2000, apenas 20% das garotas brasileiras que tem filhos está escola;
• abandono do trabalho;
• uniões instáveis com os pais da criança. Muitas adolescentes assumem a maternidade sem um companheiro, dependendo unicamente da ajuda dos pais ou familiares;
• período menor entre uma gravidez e outra;
• desempenho obstétrico insatisfatório;
• processo incompleto de crescimento e desenvolvimento para ser mãe e, por isso, torna-se necessário o parto cesariana.
• dificuldades uterinas, bacia não totalmente formada, comportamento emocional descontrolado;
• aborto.